Soumitra Dutta palestra no Encadear Summit e diz que o Brasil precisa melhorar no ranking de inovação
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Para ele, a posição 54 não é ruim, mas é preciso que as organizações apostem em grandes mudanças
Reitor da Saïd Business School da Universidade de Oxford, na Inglaterra, o indiano Soumitra Dutta fez a palestra de fechamento do Encadear Summit, evento realizado nesta terça-feira (18/10), no primeiro dia da 31ª Mercopar. Ele iniciou a palestra afirmando que tecnologia é a chave para a competitividade e ressaltou que as empresas não estão preparadas para lidar com as transformações disruptivas. “Israel tem mais startups digitais de agricultura do que o Brasil, que possui um agronegócio forte. Isso acontece porque Israel investiu em capital humano, tem universidades excelentes, foco em educação e pesquisa”, explicou. Ele citou que o Brasil ocupa a 54ª posição entre os 130 países listados no Ranking Global de Inovação, um resultado que considera bom, mas precisa melhorar.
E como melhorar? Para Dutta, o grande desafio está no fato de as empresas não conseguirem acompanhar a velocidade das transformações e estarem focadas em trabalhar com foco no presente. “Precisamos seguir fazendo o que é o nosso trabalho, mas, junto, é preciso tentar estruturar o futuro. Com o crescimento exponencial da indústria 4.0, as mudanças são muito rápidas e não podemos dizer como estará o mundo em 20 anos, mas precisamos ter um planejamento para tentar estruturá-lo”, completou. Uma das formas de fazer isso é apostando em boas ideias. Segundo Dutta, a Apple e o Google compram entre 70 e 100 empresas por ano, criando um capital de risco e apostando em ideias que não sabem se darão certo. “A inovação de fora para dentro das organizações é mais rápida e tem menor custo”, acrescentou.
O evento apresentou também um case de sucesso na fala do presidente das Empresas Randon, Daniel Randon, que , falou sobre o tema “ESG – Um caminho responsável para o futuro”. O executivo apresentou dados e ações de inovação, responsabilidade social e sustentabilidade, em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Randon antecipou que, em novembro, a empresa vai detalhar o investimento que está fazendo em geração de energia solar fotovoltaica. “As lideranças da Randon estão comprometidas com ações de ESG porque têm o mindset da inovação, entendem as mudanças e estão comprometidas com elas“, ressaltou.
Randon também participou de um bate-papo com o economista Clovis Zapata, momento em que foi questionado sobre os principais desafios para o futuro. Ele respondeu que é preciso desmistificar a ideia de que inovação é custo: “Inovação é investimento. A empresa que não fizer agora será cobrada pelo cliente lá na frente e vai custar mais caro”, destacou.
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