Uma onda de novas soluções integradas cada vez mais acessíveis voltadas para Micro e Pequenas Empresas (MPE) – justamente elas que compõem uma grande parte das mais diferentes cadeias produtivas do setor – está no horizonte dos gaúchos. Com mais uma edição da Mercopar em vista, a agilidade da indústria para responder de forma  assertiva aos novos padrões de consumo será uma das tônicas do evento.

Se são as respostas que movem o mundo, na indústria isso não é diferente. E elas passam necessariamente por questões como a integração cada vez mais sinérgica das cadeias e pela priorização de um fluxo de informação em tempo real entre todos os atores, desde o primeiro elo da produção até o varejista. O aumento de escala da customização é exemplo de tendências que podem ser confirmadas muito antes do que imaginamos e, por isso, reforçamos a nossa missão de estarmos preparados. E juntos.

Pode-se pensar que o uso de tecnologias inteligentes da chamada Indústria 4.0 seja algo fora de suas realidades –  seja por questões ligadas a custo ou acesso, por exemplo –, porém, a Hannover Messe deste ano apontou justamente para uma direção oposta.  Sempre orientado pela inovação, o maior evento do setor industrial do planeta recebeu os gaúchos em solo alemão no primeiro semestre para desmitificar as benesses destes e muitos outros conceitos como ferramentas que estão a serviço não apenas das grandes empresas. Da tomada de decisão gerencial ao chão de fábrica, a tecnologia que dá suporte ao operacional também permite a gestão inteligente de máquinas e pessoas – uma sinergia sem data para ser extinta.

Outro ponto importante em voga, a produtividade orientada por dados está cada vez mais consolidada. A partir de informações coletadas por meio de softwares e hardwares de sensoriamento, novos sistemas dão direcionamento aos empreendedores, reduzindo os riscos de possíveis gastos extras, retrabalho e perda de materiais, O sensoriamento de máquinas e sistemas de rastreamento, aliás, é um verdadeiro divisor de águas para a mitigação de possíveis falhas e melhor verificação da produção e sua escala, dentre outros pontos.

É nesse cenário que, mais um, mais uma vez, Caxias do Sul se prepara para ser polo de soluções, um ambiente de inovação onde as respostas movem as engrenagens. E onde a inteligência do setor será testada frente ao desafio de atuarmos com processos mais flexíveis e ágeis na missão de responder às novas tendências de consumo.

Fabiano Dallacorte, especialista em indústria inteligente do Sebrae RS