William Castro Alves, chefe estrategista e sócio da Avenue Securities, falou sobre a retomada econômica frente à reabertura dos mercados em reunião-almoço alusivo à Mercopar 30 anos, promovido pela CIC Caxias. 

Na última segunda (9), a CIC de Caxias do Sul promoveu uma edição da reunião-almoço alusiva à Mercopar 30 anos , com a participação de dirigentes de instituições e sindicatos. O presidente da entidade, Ivanir Gasparin, destacou que a Feira já se consolidou nas três décadas de existência, enfrentando os mais diversos cenários, e que está preparado para 2021. “A Mercopar projeta o mercado para o futuro, adiantando tendências e possibilitando a troca de experiências ”, afirmou. Para o diretor superintendente do Sebrae RS, André Vanoni Godoy, o apoio das entidades parceiras é o que faz a feira acontecer. “Se não fez como entidades parceiras, que não têm medido esforços para trazer as empresas para participar, a Mercopar não teria o sucesso que tem tido nos últimos anos”, disse.

O economista William Castro Alves participou diretamente dos Estados Unidos. Ele apresenta uma reflexão sobre uma retomada econômica frente à reabertura dos mercados. “Quando olhamos para a economia, encontramos muitos desafios. Mas os empreendedores possibilidades ver essas dificuldades como oportunidades para fazer diferente e nisso que devem focar ”, afirmou Alves, reforçando a grande capacidade dos empreendedores em criar oportunidades. 

Em seguida, o economista apresentado um panorama da economia americana. De acordo com os gráficos, a recuperação de consumo dos americanos foi rápida a partir da expansão monetária e incentivos de dados pelo governo. “O consumo representa 60% do PIB dos Estados Unidos”, revelou William. A atualização e definição também estiveram entre os temas do economista. “Muito da informação americana vem dos gargalos causados ​​pela pandemia”, citou, trazendo como exemplo a falta de carros novos para compra e o aumento expressivo do valor do carro usado nos Estados Unidos. 

Porém, com a economia americana em franca expansão, criou-se postos de trabalho, que obtido crescimento acima do esperado. “Foram gerados 943 mil postos de trabalho O mercado esperava 845 mil vagas. A taxa de desemprego caiu de 5,9% para 5,4% ”, destacou William Alves, que ressaltou a discussão atual do mercado americano, que consiste em retirar ou não os estímulos monetários e aumentar os juros. Segundo ele, há uma expectativa de aumento de juros, que deve se cumprir em divulgação de 2022. Além disso, os balanços das empresas apresentam números positivos, tendo mais de 340 empresas do Índice S&P 500 divulgando seus números: 89% delas bateram as notificar de lucro, e com lucros crescendo em média 88%.

Em relação ao Brasil, ele afirma que o PIB irá desacelerar. “Vamos crescer menos do que os Estados Unidos, e, para 2022, um crescimento ainda menor, de 2%. Essa é a expectativa em geral do mercado. Obviamente que esse crescimento é puxado por alguns setores, como o agrícola ”, argumentou. O economista ainda abordou sobre os possíveis impactos que a alta de casos da variante Delta, da Covid-19, pode causar, como entraves na economia, que vinha dando sinais de crescimento. “A preocupação com a ressurgência do coronavírus vem assustando. É importante a vacinação mais do que nunca, ainda mais que temos visto os casos Delta crescerem bastante nas diferentes partes do globo ”, observou.