Tecnologias e futuro energético brasileiro são discutidos no último dia da 30ª Mercopar, em Caxias do Sul
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Fórum de Energia Distribuída debate a importância e a necessidade de buscar fontes alternativas de energia que sejam mais sustentáveis
Na quinta-feira (7), último dia da 30ª Mercopar, a maior feira de inovação industrial e de negócios da América Latina, ocorreu o V Fórum de Geração de Energia Distribuída durante a tarde. O evento foi dividido em quatro painéis e abordou as tendências tecnológicas e de inovação na área energética, uma busca por melhorias técnicas e avanços no setor industrial e as novas formas de gerar energia limpa, renovável e barata. Também foram discutidos assuntos como o futuro e o planejamento energético do Brasil, especialmente em um momento de crise hídrica, no qual a geração distribuída tem um potencial ainda maior.
Na abertura do encontro, estiveram presentes personalidades como o diretor técnico do Sebrae RS, Ayrton Ramos; o diretor da FIERGS, Edilson Deitos; o diretor do SENAI RS, Carlos Trein; e o secretário do Desenvolvimento da Infraestrutura no Ministério da Economia, Gustavo Ene. Logo após, a primeira palestra foi ministrada pelo gerente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo. Na sequência, ocorreu a segunda, que foi mediada pelo gerente de Operações do Instituto SENAI de Tecnologia em Petróleo, Gás e Energia, Cleber Spode, e teve a participação do diretor da América Latina da Hyperloop Transportation Technologies, Ricardo Penzin; da diretora de Marketing e Inovação da EDP Brasil, Andrea Salinas; do gerente de produto e negócios da Intelbras Solar, Guilherme Costa; e do especialista em produtos da Sungrow, Mauro Basquera.
No painel A agenda do Clima e a Relação com o Setor de Energia, o gerente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo, falou sobre os objetivos do uso mais sustentável dos recursos naturais e do meio ambiente, a nova agenda climática e econômica e as metas e os compromissos assumidos pelo país para a geração de melhores formas de energia. Entre os propósitos, ele destacou a importância de aumentar a eficiência da indústria no uso dos recursos naturais, pensando no saneamento básico e no licenciamento ambiental. “Queremos reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa, neutralizar o carbono até 2050 e zerar o desmatamento ilegal até 2030”, disse.
Já no painel Tendências Tecnológicas e Inovação, o enfoque dos temas apresentados pelos palestrantes estava nas evoluções e nos desenvolvimentos de grandes representantes do setor de tecnologia, equipamentos e mobilidade urbana. De acordo o diretor da América Latina da Hyperloop Transportation Technologies, Ricardo Penzin, uma das alternativas para ajudar na sustentabilidade e ainda oferecer transporte de melhor qualidade é uma espécie de cápsula alimentada por painel solar que se move magneticamente por vias terrestres, similar a trens e metrôs. “Se fossemos instalar essa tecnologia no Rio Grande do Sul e fazer uma viagem, por exemplo, de Porto Alegre para Caxias do Sul, o trajeto demoraria cerca de 19 minutos para ser feito, porque a velocidade do Hyperloop pode chegar até 1200 quilômetros por hora”, explicou.
Andrea Salinas, A diretora de Marketing e Inovação da EDP Brasil, pontuou que é preciso pensar em mudanças na área, apesar dos desafios envolvidos no processo. “O setor elétrico está sendo redesenhado e, com a integração de novas tecnologias, há uma necessidade de focar menos na questão técnica e mais na experiência do cliente. Afinal, inovação é algo permanente e fazer isso de forma aberta e em conjunto nos conecta com ecossistemas de startups e acelera a adoção de novas ferramentas e serviços que tenham foco nos consumidores “, afirmou.