Indústria 4.0 precisa de colaboração estreita
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Jornada integrou programação da 29ª Mercopar
A terceira edição da Jornada 4.0, promovida pela FIERGS, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS) e do Conselho de Inovação e Tecnologia (Citec), com o apoio da Rede RS Indústria 4.0, do Sebrae RS, da Abimaq e da Abinee, realizada durante a 29ª Mercopar, em Caxias do Sul, nesta quarta-feira (18) mostrou cases a fim de acelerar o ritmo de projetos em diferentes setores da indústria utilizando as chamadas tecnologias habilitadoras. O coordenador do Citec, Daniel Ely, explicou que o conselho tem se posicionado como grande articulador e orquestrador para acelerar o desenvolvimento da indústria gaúcha. “ Estamos engajados em apoiar iniciativas que levem à transformação da indústria em prol da produtividade”, disse ele na abertura do evento. O integrante do Citec e coordenador da Rede Indústria 4.0, Hernane Cauduro, ressaltou que o caminho é longo e que hoje não há um expert. “Deve haver uma colaboração estreita para que todos consigam caminhar juntos. Para que consigamos desenvolver um ecossistema da Indústria 4.0”, ressaltou.
Cauduro disse ainda que a Rede, que passa a por um período de transição e terá sua governança dentro Citec e da FIERGS, iniciou com oito instituições há um ano, entre universidades, empresas e centros de pesquisa. “Hoje são 24 instituições e 53 fornecedores de tecnologias habilitadoras cadastrados”, comentou. “Qualquer indústria que queira iniciar esta jornada tem o apoio da Rede, do diagnóstico ao suporte”, ressaltou Cauduro.
No primeiro case, Alexandre Balestrin, da Elipse Software, abordou Big Data e Analytics para Alavancar Resultados. Ele contou que a Metrô, de SP, conseguiu prevenir falhas em portas automáticas dos vagões, com a medição do tempo dos equipamentos, quando começava a aumentar ou diminuir, já havia a manutenção, evitando a falha e suas consequências. Outra ação foi colocar sensores na corrente da via, para detecção de fuga da corrente. Com esta iniciativa, o tempo para achar onde era o problema reduziu bastante já que por meio das informações se sabia o trecho onde havia o problema. Balestrin citou ainda a informação do peso dos vagões que passou a ser compartilhada com os usuários. Assim, os passageiros podem escolher os vagões mais vazios e a empresa ganha com a redução do uso de freios dos carros superlotados. “Este monitoramento on-line de tantas variáveis acaba impactando diretamente na redução de custos”, disse. Citou ainda cases da Stihl e Elektro.
Marcelo Pinto, da PPI Multitask, do Grupo Weg, falou sobre a Tecnologia Mudando a Cadeia de Valor. Conforme ele, há uma tendência para plataformas IoT com dados de toda a cadeia. “Estas análises podem gerar novos negócios e empresas, como surgiram o Uber, o Airbnb, o Waze e tantos outros”, afirmou. O supervisor de TI da Brunning Tecnometal, Maurício Cavalli, abordou Os Nove Pilares da indústria 4.0 Devem servir ao seu negócio. Ele falou dos processos da sua empresa e das ferramentas e de como a integração entre elas funciona.
O seminário encerrou o evento que este ano ainda contou com dois webinares, antes de Caxias do Sul, que trataram Produtividade e Seus Ganhos a Longo Prazo e Manufatura Digital habilitando produtos inovadores.
FONTE: Assessoria de Imprensa da FIERGS